Loucos e Santos
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Sou filho de um momento terno entre a Terra e o Sol, amante da Vida e da Poesia e afilhado do Tempo. O Amor é meu companheiro de viagem, junto com a Indignação. Tenho ao meu lado, como guia a Liberdade. O mundo é um caminho regido pelo Destino e sustentado pela Eternidade, por onde ando e encontro pessoas e mestres e em cada dia que passa uma nova lição. Sou aquele a quem a Vida ama e que ama a Liberdade. Paulo da Vida Athos
terça-feira, 20 de julho de 2010
Loucos e Santos
terça-feira, 13 de julho de 2010
Metáforas essenciais: 65 anos do Pequeno Príncipe
“Se um dia viajarem pela África, se passarem pelo deserto, eu lhes peço que não tenham pressa e esperem um pouco bem debaixo da estrela! Se, de repente, um menino vem ao encontro de vocês, se ele ri, se tem cabelos dourados, se não responde quando é perguntado, adivinharão quem ele é”. É ele que muitos de nós já procuramos nos nossos dias e nas nossas noites desertas. Le Petit Prince, The Little Prince, El Principito, Der Kleine Prinz, o nosso tão querido Pequeno Príncipe. Uma das obras mais fantásticas da literatura francesa que se tornou mundial. As aquarelas tristes do pessimismo que vivemos na sociedade desertificada pela fome e pelas violações diárias fazem com que rememoremos os 65 anos desse escrito.
O autor, jornalista e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, certamente, não imaginaria que sua obra atingiria tão grande repercussão. Muito se discute ainda sobre a ficção e a autenticidade da história narrada. O autor morreu em uma missão como aviador, e reza a lenda de que suas últimas palavras antes da decolagem foram "E se eu voltar, o que hei de dizer aos homens? Se existiu ou não, pouco importa, o certo é que o Pequeno Príncipe traz uma mensagem que alenta razões e emoções.
Poderíamos ir fundo nas fontes, nas cores, nos sons que a obra nos manifesta. No entanto a simplicidade que ela se apresenta faz com que também sejamos simples ao falar desse escrito. Quem olha para o livro imagina uma interessante obra infantil. Quem folheia, percebe diálogos. Quem lê uma vez se encanta. Quem lê duas vezes se apaixona. E a cada leitura se apresenta a novidade. Uma lição. Uma emoção. Uma Filosofia de vida. O aparente livro infantil se transforma em uma obra de intensa reflexão. Uma obra de cuidado. Os enigmas e as metáforas nos calam.
Mais do que nunca o Pequeno Príncipe, depois de 65 anos, é atual. É livro da criançada. É obra da juventude. É escrito de famílias inteiras. Os questionamentos da obra continuam a intrigar. O que é essencial? O que é cativar? O que é cuidar da rosa? Por que o carneiro come as rosas? Para que servem os rituais? O que é dialogar com a raposa? O que significa ser responsável? Palavras simples e perplexas. Metáforas inquietantes.
Deixemo-nos tocar por esse sentimento. Bem mais que uma obra, o Pequeno Príncipe pode ser um jeito de viver e de se relacionar. Em épocas de trigais lembremo-nos do que ele nos disse: "O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo..." Deixemo-nos tocar por essa fantástica obra. Que a cada trigal sintamos o perfume e apreciemos as cores de um mundo onde “o essencial é invisível aos olhos”.
Por Maicon André Malacarne
sexta-feira, 2 de julho de 2010
STF livra Heraclito Fortes (DEM) da Lei Ficha Limpa
Heráclito Fortes (DEM-PI) consegue registrar sua candidatura, apesar da lei Ficha Limpa, por decisão do STF
Brasília, o1/07/2010 - Uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitirá que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) possa fazer registro de sua candidatura para as próximas eleições. Gilmar Mendes concedeu efeito suspensivo a um recurso extraordinário do senador contra a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) que condenou o parlamentar por "conduta lesiva ao patrimônio público".
A Lei da Ficha Limpa definiu que a condenação judicial por órgão colegiado torna inelegível o candidato, e, recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a lei tem aplicação imediata, valendo para as eleições deste ano.
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