Sim, ando sumido. Mas estejam certos de que não esqueço das pessoas queridas. Estão nas minhas preces e nas manhãs e nas tardes mais bonitas de minha vida.
Não tenho os dias ligeiros. Tenho as horas ligeiras. Parece igual, mas é diferente. Não corro pelo tempo mas o Tempo corre em mim.
Não dá para entender, não tentem.
Sou dessas pressas que podem parar para observar as tardes de primavera passarem (não sei se repararam, mas são mais azuis os seus céus), e me encontro nessas horas perdidas em contemplação, como que a querer reter na memória as cores e perfumes que chegam a mim, ou que imagino que chegam.
Não tenho falado muito com essas pessoas queridas por meu coração. Não tanto quanto deveria, e muito menos que meu querer.
As vezes me assusto com o fato de perceber que não disse os tantos ‘eu te amo’ que existem em meu querer, aos amores que vivem ao meu redor, a mim mesmo e à Vida.
Passado o susto, logo esqueço e dado por esquecido fica emudecido tantos ‘eu te amo’ que temo pagar por isso.
Sou um bem-aventurado.
Desses que a Vida escolheu para amar, para colocar a mesa farta, os amigos pródigos e os amores plenos.
A mulher que a Vida escolheu entre tantas e maravilhosas mulheres que colocou em meus caminhos, é bela, bela e única, forte e doce, brisa e rocha, cinzelada em valores humanos e morais ímpares; colocou o fruto bendito para meu deleite e proteção.
Com ela, uma legião de anjos veio junto. E, me adotaram em amor.
Meus filhos – que aprendi com Gibran serem da Vida – são tão fundamentais em minha vida que perder qualquer deles seria fatalmente perder minha vida ou a vontade de permanecer com ela.
Claro que sempre existe uma sombra. Dizem que nada é humanamente perfeito, portanto não sou exceção.
Mas vai passar. Creio naquele que a tudo criou. Creio na Verdade e, crendo nela, sei que ficarei livre um dia dessas sombras: está escrito.
Enquanto isso não se dá, longos serão meus períodos de ausência, com relação aos quais desculpo-me antecipadamente. Ou seja, há aqui um pleito de crédito de desculpas futuras por ausências que virão.
Mas saibam, ou pelo menos se souberem não esqueçam: a presença da ausência não é e jamais será ausência de amor.
Com meu carinho, um beijo e minha saudade de cada um, e de todos.
Paulo da Vida Athos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário