A mulher, o consumidor e o Ponto Frio.com
Ao Ponto Frio.com
Prezados Senhores, bom dia.
Essa preocupação não era desmotivada, já que por três vezes, anteriormente, o Ponto Frio atrasara no prazo da entrega de pedidos meus.
Raquel, muito educadamente, e com linda voz por sinal, me informou então que meu pedido somente chegaria dia 12/11.
Disse á mesma que não poderia aguardar vez que viajaria mesmo, pois não poderia mais protelar minha viagem, e que não haveria ninguém para receber a mercadoria razão pela qual CANCELEI o pedido com dona Raquel, passando à mesma meus dados bancários: Banco Bradesco, Agência XXXX, conta corrente XXXXXXXX-X, vez que paguei em dinheiro via boleto bancário.
Informei ademais que não poderia estar aqui para receber a mercadoria, reitero, para depois cancelar. E que cancelava naquele momento com ela mesma vez que preposto do Ponto Frio.
O e-mail anterior, que enviei via SAC, reproduzo mais abaixo.
Mas o que realmente me leva a escrever esse e-mail tem outra motivação: ajudar o Ponto Frio.
Sou carioca, moro no Rio e desde que me lembro, da época de meus pais, o Ponto Frio era a loja que tinha a cara do Rio: simpática, atendimento cortês e muita responsabilidade no trato com as pessoas. Essa é a cara do Rio, essa era a regra no Ponto Frio.
Ao partir para a internet, um mundo aparentemente virtual, o Ponto Frio deveria continuar com aquela política da “boa malandragem” carioca, pois malandragem boa é aquela que cativa, envolve e não deixa o outro na mão.
O que está acontecendo é que outras lojas virtuais estão “bombando” exatamente em razão de ter a preocupação do pós venda, de não atropelar a expectativa do consumidor que, em última análise, é justamente quem dá razão para a existência de uma marca e para com quem todo o respeito deve ser a regra áurea de qualquer comércio: mesmo o de um singelo camelô.
O Natal está chegando, assim como outras datas comerciais já passaram. Vocês se perguntaram porque não decolam de vez se têm tudo para fazê-lo, pelo menos no Rio de Janeiro? Não, não o fizeram mas como sou “bom malandro” e tenho uma longa história com o Ponto Frio, vou contar.
Não adianta só vender. Vender é fácil. Mais fácil que conquistar uma mulher. O difícil, em ambos os casos, é manter a conquista. Para isso é preciso muita atenção e carinho, muito charme e dedicação integral 24 horas por dia... e um minuto a mais.
Nunca prometa o que não vai cumprir: mulher não tolera mentiras vindas de quem ama e consumidor também odeia isso. Se não vai chegar a tempo para leva-la “àquela sessão de cinema que rodará aquele filme de amor que ela tanto sonha ver”, cara: não prometa!
É o mesmo que prometer a um consumidor que entregará uma mercadoria no prazo e não o faz, para ambos promessa não cumprida por desatenção, é “I – N – T – O – L – E - R – À – V – E – L”, e bota intolerável nisso. Gera frustração, mágoa, e muitas vezes rancor, desses que nunca mais acaba.
Eis a dica com precisão cirúrgica que, se aplicada nos próximos 12 meses, o Ponto Frio terá um aumento de vendas na ordem de mais de 35% no Natal de 2011: troquem de logística de entrega. Parece que os concorrentes estão pagando um pouco mais para atrasarem as entregas do Ponto Frio do que o Ponto Frio tem pago para que a entrega sejam feitas. Já pensaram nisso?
Pelas razões acima, sejam mais sensíveis e tratem mulher com respeito, verdade, atenção e carinho, sem frustrar suas expectativas.
Ela pode não perdoar...
O consumidor, também.
Com afeto e cheio de boas intenções,
Paulo da Vida Athos.
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2010.
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