A bomba do Riocentro, no
Instituto Lula e na Democracia
A ignorância é terrível.
O desconhecimento da história
associado à obtusidade tem efeito devastador.
O curioso é que eleitores que
estão apoiando a oposição orquestrada pela classe dominante não percebem, e
isso nada mais é que estupidez, que o golpe não é contra Dilma, contra Lula ou
contra o PT.
O golpe é contra a Democracia.
Democracia implica em direitos
individuais e coletivos, implica em segurança pessoal, em poder de decisão
sobre a vida, em ter liberdade para exercer esses direitos. Em liberdade para
exercer a liberdade em sua plenitude, limitada ao direito do outro, dos outros,
dentro de regras pré-estabelecidas pactuadas pelo poder constituinte, o nosso
poder, condensado na Constituição da República.
Para isso é preciso que existam
sistemas garantidores desses direitos.
Não existem direitos individuais ou coletivos, sem quem os garanta, sem
garantias.
Ao apoiarem um golpe contra a
democracia estão legitimando a violação de regras democráticas que garantem,
enquanto existirem e forem respeitadas, que amanhã não entrarão em suas casas,
prenderão, torturarão ou matarão seus filhos e seus sonhos, e sairão sem dizer
bom dia..
Se não existe democracia existe
ausência de direitos.
Em 64 foi assim.
Acabou assim a fanfarra da mídia,
tal como faz hoje, que depois foi censurada.
Acabou assim também o regozijo da
classe média que embarcou no conto do vigário da classe dominante e só
despertou quando começou a perder seus filhos, quando passou a ver o corpo de
seus filhos mortos ou torturados, ou não mais viram...
Não assinem isso outra vez.
Ao contrário do que ocorreu em 64
o sangue de seus filhos correrá desde o início.
A bomba rudimentar que lançaram
no Instituto Lula não tinha o poder da que explodiram no Riocentro, quando
perceberam que a Democracia estava voltando.
Queriam impedi-la.
Agora, querem destruí-la.
Paulo da Vida Athos
Rio de Janeiro, 04/08/2015
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