quarta-feira, 28 de março de 2007

MUNIÇÃO DA OMISSÃO









SOBE PARA 32 O NÚMERO DE VÍTIMAS DE BALAS PERDIDAS NO RIO




Dados se referem apenas ao mês de março de 2007.


Em apenas 27 dias, 32 pessoas foram atingidas por balas perdidas em março, o que significa mais de uma vítima por dia.

Na noite de terça-feira (27) mais duas pessoas foram feridas no Rio.

Moradores da favela do Fumacê estavam na rua, em Realengo, na Zona Oeste, quando foram baleados durante um confronto entre traficantes.

Segundo policiais do 14ª BPM, homens do Grupamento de Ações Táticas (GAT) ocuparam a favela. Os feridos seria Ilton Marques da Silva, de 60 anos, que foi atingido na perna e teve fratura na tíbia, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Ele estaria em um ponto de ônibus próximo à favela e está internado no hospital Albert Schweitzer e deve passar por cirurgia. Seu quadro é estável.

O outro ferido seria Bruno Reis, de 20 anos e, de acordo com a secretaria, foi atingido de raspão na perna, quando passava em uma rua próxima. Reis foi medicado e liberado. No local, foram encontradas quatro granadas. O Esquadrão Anti-Bombas foi chamado.

BALA QUE FERIU MULHER DE 80 ANOS PARTIU DE PRÉDIO DE CLASSE MÉDIA

A bala que feriu uma mulher de 80 anos, que está internada numa clínica de Botafogo, na Zona Sul do Rio, partiu de um prédio de classe média, segundo o titular da 10ª. DP (Botafogo), delegado Eduardo Joaquim Baptista. Identificada apenas como Dona Elza, a pedido da família, a vítima passa bem e não está em estado terminal, conforme disseram funcionários da clínica pela manhã. Ela teve um ferimento leve no braço e já recebeu um curativo.

PROFESSOR ATINGIDO POR BALA É SETIMA VÍTIMA EM MARÇO

O professor de educação física Vladimir Novaes de Araújo, de 28 anos, foi enterrado, nesta segunda-feira (26), no Cemitério de Inhaúma, no subúrbio do Rio. Vladimir é a sétima vítima fatal de bala perdida no Rio de Janeiro no mês de março.

Ele voltava para casa em uma kombi quando foi atingido por uma bala ao passar pela Avenida dos Democráticos, na altura de Manguinhos, no subúrbio.

MARÇO: 30 FERIDOS POR BALAS PERDIDAS E 7 MORTOS

Até o dia 25 de março de 2007, 30 pessoas já foram vítimas de balas perdidas.

Dessas, sete morreram. Segundo levantamento feito pelo Fantástico, em média, uma pessoa morre atingida por uma bala perdida no Rio a cada dois dias. Os números deste mês de março estão acima da média do ano de 2006.

Na tarde de domingo (11), traficantes da favela do Sapinho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tentaram roubar uma moto em uma das principais avenidas da cidade. O motoqueiro acelerou para tentar fugir e os assaltantes atiraram. O rapaz foi baleado e os tiros acertaram ainda duas pessoas na rua e três dentro de um ônibus. Entre elas, havia uma criança. Um dos passageiros, um jovem de 27 anos, morreu.

No sábado à noite (10), o mototáxi Jackson Vieira da Silva, de 25 anos, morreu baleado no conjunto de favelas do Alemão em confronto da polícia com traficantes. Ele levava na garupa Adalberto de Moraes Apolinário, de 19 anos, que foi atingido no tórax. Pouco tempo depois, no mesmo lugar, um tiroteio entre policiais e bandidos, fez mais uma vítima inocente. Roni de Brito Teixeira, de 39 anos, atingido por uma bala perdida quando descia do ônibus, foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio.

Um homem e uma mulher foram baleados em um ponto de ônibus na Avenida Democráticos, próximo à saída 7 da Linha Amarela, no subúrbio do Rio, na noite desta segunda-feira (12). De acordo com a polícia, Ana Maria Rios Cavalheiro Furtado de Mendonça e Sérgio Henrique Oliveira Souza, ambos de 44 anos, foram atingidos após dois automóveis passarem em alta velocidade atirando um contra o outro.

Duas mulheres foram baleadas na manhã desta segunda-feira (12) na favela Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, Aparecida Gonçalves de Oliveira, de 32 anos, e Cristiane Arcoverde Barbosa, de 19, disseram que foram atingidas acidentalmente quando traficantes limpavam suas armas.

A menina Alana Ezequiel, de 13 anos, foi baleada e morreu durante uma troca de tiros entre bandidos e polícia na segunda-feira (5) no Morro dos Macacos, em Vila Isabel.

Quatro inocentes foram vítimas de bala perdida em operação da polícia no conjunto de favelas do Alemão na terça-feira (6). Os feridos estavam na rua quando foram atingidos por balas ou estilhaços. Uma das feridas é a professora de 40 anos, Matilde Ferreira. Ela foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, ferida na perna. Cléber José da Silva Martins, de 55 anos, que passava de moto pelo local durante o confronto entre traficantes e policiais, foi atingido na coxa. O gari Eduardo Miranda, de 36 anos, levou um tiro de raspão na coxa. O vendedor Ricardo Érico foi ferido por uma bala perdida na cabeça. Mesmo com o projétil na cabeça, ele não aparentou seqüelas.

Vanessa Calixto dos Santos, de 24 anos, atingida por uma bala perdida na manhã de sexta-feira (9), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, morreu na manhão do domingo (11). Ela foi vítima de um confronto entre policiais militares e traficantes.

Uma adolescente de 16 anos foi ferida no pé esquerdo por um tiro durante confronto entre traficantes de grupos rivais, na favela do Fumacê, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, no início da noite da segunda-feira (12). De acordo com policiais do batalhão de Bangu, Bruna Priscila Lima dos Reis, de 16 anos, foi baleada em uma rua próxima a um dos acessos à favela.

Pelo menos cinco jovens ficaram feridos e um morreu em ataque de traficantes ao Colégio Estadual Abraão Jabour, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio, na noite de segunda-feira (12). Thiago de Oliveira Paulino morreu.

Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas durante em ataque de criminosos no Rio de Janeiro. O crime aconteceu na noite de quinta-feira (15), no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio. De acordo com a polícia, Denis Bezerra, de 20 anos, Alex Cunha Marinho, de 21, e um outro rapaz foram baleados na Rua Joaquim Pizzarro.

Sem contar os dez policiais assassinados em somente em março desse ano, junto com outros inocentes em razão de uma política de segurança sem inteligência e inadequada.

Essa é a Cidade Maravilhosa.

Com um governo maravilhosamente ineficaz.

Com um povo maravilhosamente omisso.

É muito cinismo da maioria, querer falar em redução da idade penal ou em pena de morte, coisa que por aqui tem para todos.

Inclusive e principalmente para os que são inocentes.

Você pode até não repassar essa mensagem. Mas vai dormir com sua culpa até ser tarde demais...

Paulo da Vida Athos.


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