Quem elege Presidente no Brasil?
O Jornal da Globo queria repetir contra Dilma o que o Jornal Nacional fez: golpismo. Não são entrevistas, não seriam entrevistas. A família Marinho, do Rio de Janeiro, a mesma que histórica e confessadamente apoiou o golpe de 64, escondendo as torturas e mortes nos porões da ditadura, cresceu com o dinheiro que jorrou do sangue de brasileiros e do saque do tesouro público, que sempre se colocou contra o povo e deve, hoje, bilhões à Receita Federal - e essa é mais uma de suas motivações para tentar derrubar Dilma e o PT - é a líder da mídia que tenta impedir a reeleição da Presidenta Dilma.
Juntamente com a Folha (jornal de São Paulo dono do Datafolha, por isso suas pesquisas não tem credibilidade), o Estadão, a Veja, e a mídia conservadora que está nas mãos da verdadeira elite brasileira (todos sabem que os Marinho fazem parte de uma das dez famílias mais ricas do mundo), o grupo Globo boicota, distorce, mente, cria fatos, destrói pessoas, tudo com um único objetivo: impedir a reeleição de Dilma. Aí a gente pergunta, porquê?
Porque um governo que é apoiado por aqueles que ganham até um salário mínimo, pelos que tem a menor escolaridade (em praticamente todas as faixas etárias) é tão odiado? Pois é: é justamente por isso.
No Brasil, todas as vezes que um governo girou suas máquinas para buscar trazer os mais pobres para uma situação mais favorável, vira inimigo da casa grande. Getúlio Vargas, Jango, Lula e Dilma fazem parte de um grupo odiado pela elite justamente por serem amados pelo povo, a grande massa, a base da pirâmide, a maioria absoluta, os 99% que sustentam o Brasil com seu suor, sangue e lágrimas. Alavancar essa gente é tudo que a elite teme.
Os senhores da casa grande nunca quiseram investir na educação. Um povo educado, cobra. Cobra direitos, exige do governo que ele cumpra seu verdadeiro papel que é investir no social, na segurança pública, na habitação, no saneamento básico e na educação.
Mas educar o povo é dar força àqueles que a elite usa como massa de manobra para seus interesses (lugar de pobre, para ela, é nos trabalhos mais duros e, para essa elite, menos nobres). A elite quer dar circo e pão dormido, pão bolorento e mofado, e faz isso através das novelas da Globo enquanto investe seus bilhões de dólares e reais na mecanização de suas empresas e no mercado financeiro, desempregando o brasileiro. Sim, todos sabem que o que a elite faz é colocar máquinas para substituir o trabalhador em quase todos os setores: para cada máquina em que alguém passa um cartão de crédito, de transporte ou de alimentação: alguém foi desempregado.
A elite chama isso de progresso. O trabalhador conhece isso como desemprego.
Então, quando vem um governo que investe na construção civil, na construção de hidrelétricas que geram mais independência, na construção de ferrovias, estradas, BRS, casas populares, portos, indústria naval, que geram, além do produto final, o resultado imediato que é abertura de novas vagas de emprego, esse governo se torna inimigo dos ricos e poderosos.
O melhor exemplo disso é a transposição do Rio São Francisco que está levando água para regiões onde a seca imperava e martirizava os sertanejos. Um projeto centenário, do Brasil ainda colônia, que o PT já construí mais de 70%: e os caras dizem que está atrasado... Atrasado ficou por séculos, não agora! Mas para tentar derrubar o PT e Dilma, vale tudo. E eles jogam pesado...
Mas o que a elite mais odeia é mesmo investimento em educação. Educação liberta, cria resistência e líderes. O governo petista, com Lula e Dilma construíram mais vagas para a educação para o nosso povo, em todos os níveis e setores, em 12 anos, mais do que todos os outros governos da oposição criaram nos últimos 100 anos.
Aécio era e é um caso perdido, Eduardo Campos também. Mas a elite tem a sordidez dos amorais. Aproveitaram o cortejo fúnebre para colocar uma esquerdista arrependida que se vendeu aos banqueiros. Marina, que se pintou com as cores do Itaú, se tornou o último cartucho dessa elite insana. Mas Marina se revelou um cartucho de pólvora seca: nem plano de governo tinha, precisou copiar o do PSDB.
Essa elite se perde em seu veneno, em seu ódio ao PT, a Lula e. Dilma.
Por uma razão singela, odiá-los é odiar quem nesse país pode eleger um presidente: a maioria.
E a maioria, cara-pálida, nunca foi composta de ricos ou de membros da elite, não são os senhores da casa grande, é composta pelos que depositam suas esperanças em Dilma e votarão no PT!
Se o Jornal Nacional quer entrevistar Dilma, para tentar fazer o papel que fez o Jornal da Globo, o papel de oposição que a oposição não tem capacidade de exercer, que vá para as ruas. Pergunte ao povo que vai elegê-la para mais um mandato no mês que vem.
Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2014.
Paulo da Vida Athos.