A França não merece perdão.
Em março de 2011 a França uniu-se aos Estados Unidos e ao Reino Unido para intervir na Síria que vivia um conflito doméstico. A este grupo também juntaram-se Israel e Arabia Saudita, que sempre apoiou o intervencionismo norte-americano na região.
De lá para cá esses históricos países imperialistas e colonizadores, me refiro aos EUA e aos europeus, apoiam grupos de mercenarios e terroristas contra o regime de Bashar Al-Assad.
Como resultado as armas fornecidas pelos países ocidentais caíram nas mãos de grupos que depois se voltaram não apenas contra os interesses de Assad, como também dos países da chamada coalizão, e nasceu o ISIS.
Em razão disso milhares de inocentes já morreram na Síria e esse monstro chamado Estado Islâmico, criado por essa prática intervencionista, tomou corpo.
Assim como ocorreu em outras intervenções, como no Irã, Afeganistão, Iraque, além de outros, alguns desses países foram destroçados, tiveram milhares de crianças, jovens e inocentes mortos.
Aviões ou drones da Coalizão despejaram e despejam toneladas de bombas que atingem áreas residenciais, escolas e hospitais, destruindo vidas e cidades inteiras, com a justificativa de sempre: são efeitos colaterais.
O mundo silencia, a mídia silencia.
O que aconteceu na França era previsível e esperado.
Mais de uma centena de inocentes morreram, como morreram, morrem e morrerão ainda, outros milhares de inocentes na Síria e outros países sob intervenção da Coalizão.
Portanto, prantear os inocentes franceses sem fazer o mesmo pelos inocentes mortos pelo terrorismo estatal francês, é ignorar antecedentes históricos.
O terrorismo de Estado da França tem aviões e armamentos sofisticados para assasssinarem criancas e inocentes em território Sírio e outros.
Lamento pelas milhares de vidas inocentes ceifadas pelas armas francesas.
Lamento pela mais de uma centena de vidas inocentes ceifadas no ataque a Paris, essa semana.
A França usa em seu terrorismo as armas que tem; seus inimigos usaram as armas que tinham.
A França é culpada. Historicamente culpada.
Não merece perdão.
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