Déborah Oliveira, da
Computerworld
Levantamento realizado pela
Teleco e Pricez identificou ainda que Claro e TIM contam com alguns planos que
oferecem vantagem para clientes pré-pagos
Embora a Vivo tenha a maior
participação no mercado de telefonia móvel, não é a operadora que tem as
melhores ofertas e planos para os clientes. É o que diz uma pesquisa realizada
pela consultoria Teleco e pela Pricez, portal que compara preços praticados
pelas teles no Brasil. O levantamento, batizado de Melhor Oferta, identificou
que a Oi é a que conta com ofertas mais competitivas, tanto no modelo pré-pago
como pós-pago.
Para chegar a esse resultado,
as instituições levaram em conta ofertas e promoções existentes no País de
telefonia celular utilizando um conceito de busca pelo menor preço por meio de
uma plataforma online desenvolvida pela Pricez.
“Existem mais de 40 mil
combinações de planos e promoções por DDD. Fica inviável para o cliente mapear
a melhor oferta. Assim, buscamos facilitar essa tarefa”, afirma Diego Oliveira,
presidente da Pricez. “Identificamos que 87% dos clientes de telefonia móvel
não têm a melhor combinação de plano + promoção, fazendo com que eles percam,
por ano, cerca de 980 reais”, completa.
De acordo com ele, no
pré-pago, para usuários de baixo consumo, que não usam web, pouco utilizam SMS
e realizam ligações com duração de 2 minutos para celulares da mesma operadora,
ainda vale a pena adotar um plano pré-pago e para esse perfil de consumidor o
melhor é o Fala+Brasil com Bônus, da Claro, que conta com a melhor tarifa de
ligação para números da mesma operadora. “O gasto estimado mensal nesse plano é
de 42 reais, tarifa 40% mais barata em comparação com a Vivo, que é de 55
reais”, detalha. Ele aponta que a Claro tem a liderança em 61 DDDs com esse
plano.
O executivo explica que a
pesquisa identificou ainda que para usuários que têm um perfil de consumo
médio, em que 30% das chamadas efetuadas são de longa distância, o consumo
local é alto e a utilização da web é de cerca de 150MB, o Oi à Vontade 110 é a
melhor escolha. “A Oi chega a ser 50% mais barata do que a Vivo, por exemplo,
que aplica um preço de 200 reais em média por mês”, afirma.
Novamente, aponta o estudo, a
Oi é a opção adequada para usuários de alto consumo, definido pelo consumo de
300MB de internet, envio de 240 SMS mensais e 40% de ligações para outras
operadoras. “O Oi à Vontade 600 tem gasto mensal estimado de 308 reais. Na Vivo
é de 441 reais, na Claro 398 reais e na TIM 439 reais. O que faz dos preços da
Oi 30% mais competitivos”, observa Oliveira.
Pré-pago
No modelo pré-pago, a Oi foi
identificada como a melhor oferta para recargas nos valores de 20 reais e 30
reais, com o plano Oi Cartão Ilimitado nos dois casos. “Em média, os bônus das
operadoras somam mil minutos com recarga de 20 minutos, a Oi oferece até 10 mil
minutos”, sintetiza. Já para recargas de dez reais, a TIM obteve destaque.
“Nessa oferta, a operadora oferece 80 minutos de bônus, dez vezes a mais do que
as outras”, justifica.
Para Eduardo Tude, presidente
da Teleco, a Oi está posicionando-se de forma mais agressiva no mercado,
acelerando a disputa do setor. “Sua estratégia é crescer no mercado pós-pago
para aumentar a receita. Em 2015, a meta da tele é obter 25% do market share
nacional.” Tude considera ainda que a entrada da Nextel no setor de 3G ao final
de 2012 vai acirrar a briga.
Sobre o fato de a Vivo não ter
aparecido no ranking, Tude aponta que embora a operadora não tenha sido
considerada a companhia que oferece melhores ofertas, destaca-se por outros
motivos, como cobertura 3G em mais de 2,7 mil municípios e por ter mais base de
clientes tem maior apelo nas chamadas entre números da mesma operadora.
Oliveira destaca que, ao longo
do estudo, alguns pontos de atenção foram identificados. “O consumidor precisa
ficar atento às ofertas de SMS ilimitado, que geralmente cobrem as mesmas
operadoras; às tarifas de chamadas de longa distância para diferentes
operadoras; e pacotes roaming”, lista. Segundo ele, Claro e Oi têm altas
tarifas em roaming e TIM a maior de longa distância [1,91].
Cenário geral
De acordo com o estudo, o
Brasil somou em março 251 milhões de celulares ativos, sendo que 81,8% eram
pré-pagos e 78,8% telefones 2G, os aparelhos 3G correspondem a uma parcela de
17,3%. O quadro aponta para um recorde de adições líquidas e brutas em 2011,
totalizando 131,4 milhões de adições brutas.
Embora o número de aparelhos
ativos no País tenha crescido, afirma o presidente da Teleco, o número de
cancelamentos também registrou salto, foram 92,2 milhões trocaram de operadora
no período, atraídos pelo preço dos planos. Esse cenário tem levado, segundo
ele, à queda do preço por minuto que, em dois anos, caiu 50%, de 40 centavos
para 20 centavos, ainda uma das mais onerosas do mundo. “Temos uma estrutura
muito competitiva em que o preço da chamada de rede da operadora é mais barato
do que o praticado para efetuar ligações para outras. As teles apostam em
modelo de comunidade. Ainda assim, o valor deverá cair”, afirma o presidente da
Teleco.
A disputa por participação no
mercado está cada vez mais acirrada, observa. De acordo com ele, a Vivo é que
tem mais presença nas regiões, mas Claro, por exemplo, lidera alguns DDDs como
69, 63, 67, 61 e 53. A Vivo, prossegue, é a operadora preferida no Nordeste, em
alguns estados especialmente porque entrou recentemente na região e lançou
ofertas agressivas.
O estudo foi realizado com
base nas ofertas e promoções existentes no País de telefonia celular utilizando
um conceito de busca pelo menor preço por meio da plataforma online da Pricez
que permite o monitoramento do mercado.
Os dados, de acordo com Teleco
e Pricez, serão revisados quatro vezes ao ano, coincidindo com as datas mais
relevantes para as operadoras: Dia das Mães [dados apresentados no estudo
divulgado], Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal. Além disso, no próprio site
da Pricezo usuário de telefonia móvel pode inserir os dados do plano que possui
e identificar se ele está em linha com suas necessidades.
Fonte INDIGNOW
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