O AMOR NÃO MORRE
por Paulo da Vida Athos.
O amor não morre.
É como nuvem que se renova após a estia, é como flores que retornam com a primavera.
Ao assistirmos o agonizar de um grande amor, independente da razão que o provocou, somos inclinados a aceitar que nossa felicidade também feneceu com ele e que não existe mais razão para se estar vivendo.
Tolos, nós somos. Tolos e imaturos por pensarmos assim. Não foi o amor quem morreu. O amor não morre. Morreu uma razão de amar, apenas.
Assim como more um cravo.
Assim como uma nuvem condensada se transforma em chuva e se desfaz.
Porém, essa mesma chuva que caiu se transmudará em nuvem, um dia, e a queda do cravo não implica na destruição da raiz que o gerou.
Nosso coração é como um sol.
Com seu calor podemos secar as lágrimas, suavemente, em lenta evaporação, compondo uma nova nuvem interior.
Nosso coração é também o solo onde nossa sensibilidade aprofunda suas raízes em busca de seiva para novas flores.
Por quê chorar, então?
Não há razão...
Bom é o terreno úmido que facilita o trabalho do sol na formação de novas nuvens.
Sem chuvas não há colheitas.
A queda da flor é razão de força para o botão que irá desabrochar.
O amor não morre...
Crer na morte do amor é crer na morte da vida e a vida é imperecível.
O amor é o vôo Fênix no céu interior de cada um de nós.
É renascença.
É eternidade.
Lembre-se de seu primeiro amor.
Lembre-se de todos os amores que você viveu até que essas últimas lágrimas fluíssem de seus olhos.
Lembre-se da importância que tiveram em cada fase de sua vida.
Lembre-se de que antes dele vieram muitos e que muitos outros virão depois... amanhã... hoje mesmo, talvez.
E não esqueça que, afinal...
- Você é o Amor!
Rio de Janeiro, junho de 1974.
Um comentário:
Li com muita precisão "O Amor não Morre", achei muito verdadeiro, do fundo do coração, da alma, uma inspiração incrível. Fez-me nuito bem, principalmente pelo momento que passo em minha vida. Parabéns
Postar um comentário