Americana é condenada por trote na internet que provocou suicídio.
Advogados de defesa da família da adolescente Megan Meier, de 13 anos, acusavam Lori Drew, de 49 anos, de ter criado o perfil falso de um jovem de 16 anos com a intenção de humilhar a menina, que teria espalhado boatos sobre a filha de Drew. Ambas eram vizinhas e freqüentavama a mesma escola em St. Louis, no Estado do Missouri.
Megan, que tinha histórico de depressão, logo passou a trocar mensagens com o "rapaz", que dizia ter acabado de se mudar para o mesmo bairro.
Meses depois, o falso jovem rompeu a amizade virtual com Megan, em uma mensagem que dizia que "o mundo ficaria melhor sem ela". Em seguida, ela se enforcou.
Três anos
No Estado do Missouri, os promotores não conseguiram encontrar leis que justificassem um processo judicial contra Drew.
Mas autoridades em Los Angeles, na Califórnia, onde o MySpace está baseado, decidiram processá-la por crimes normalmente cometidos por hackers.
O júri a inocentou das acusações mais graves, como a de ter a intenção de causar stress emocional.
Mas ela foi considerada culpada de três acusações sobre uso indevido de computadores, inclusive de ter acessado um aparelho sem autorização.
Drew agora pode ser setenciada a até três anos de prisão.
O caso chamou a atenção por ser o primeiro relacionado ao "cyber-bullying", termo usado para definir a perseguição e a humilhação de uma pessoa através de emails e sites de relacionamento.
Segundo o correspondente da BBC em Los Angeles, Rajesh Mirchandani, houve pedidos para que esses sites comecem a controlar com mais atenção as atividades de seus usuários e tomem providências contra os que abusarem das regras de conduta.
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