Oito PMs são suspeitos, segundo polícia.
Laudos da perícia devem ajudar a solucionar o caso.
Reprodução simulada nesta quinta mobilizou todos os envolvidos.
Segundo os investigadores, os PMs podem responder por homicídio e ocultação de cadáver. Dois deles, que estavam perto do local, disseram que Patrícia teria se acidentado e sumido nas águas do canal.
A principal suspeita, ainda de acordo com os investigadores, é que os PMs tenham tentado fazer Patrícia parar, não foram atendidos e atiraram contra o veículo da engenheira, provocando o acidente. Depois, eles teriam pedido apoio a outros colegas do batalhão do Recreio, também na Zona Oeste.
O delegado substituto da Delegacia de Homicídios, Ricardo Barbosa, descartou qualquer hipótese de acidente de trânsito no caso. "Ela não foi vítima de nenhum acidente de trânsito. Isso é certo", disse Barbosa pouco depois de participar da reprodução simulada do caso, feita nesta quinta (4).
A polícia aguarda agora os laudos da perícia para as conclusões sobre o desaparecimento da jovem, que deverão ficar prontos em 15 dias.
"Os peritos vão elaborar os laudos e só com esse relatório teremos uma ideia do que aconteceu", falou Jader Machado, titular da DH, que está à frente das investigações. O documento deve ficar pronto em 10 ou 15 dias, segundo Machado.
Pela manhã, o trânsito na Rua Maria Luísa Pitanga, no sentido Barra da Tijuca, ficou fechado e só foi liberado após os técnicos deixarem o local. O trânsito perto do Túnel do Joá já foi normalizado, segundo a Guarda Municipal.
Segundo o delegado, o objetivo da simulação é tentar entender o que aconteceu com Patrícia. A ação mobilizou todos os envolvidos no caso, como PMs, bombeiros e testemunhas, além de 30 policiais da DH e 10 peritos do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli).
Um carro parecido com o que Patrícia dirigia no dia que desapareceu também foi usado. O veículo era do mesmo modelo e da mesma cor.
Até o momento, nenhum suspeito do caso foi preso ou indiciado, mas não está descartado que novos fatos ajudem a solucionar o caso.
"Não posso adiantar nada para não atrapalhar as investigações, mas com a reprodução simulada e com a participação dos envolvidos esperamos conseguir elucidar o crime".
Em entrevista por telefone ao RJTV, o pai de Patrícia, Celso Franco, disse que está otimista com os novos rumos das investigações. Segundo ele, após a mudança na chefia de Polícia Civil, o caso avançou muito.
"Tenho muita esperança porque vimos o empenho da polícia e do chefe de polícia".
Em abril deste ano, a família de Patrícia lançou um site para divulgar todas as etapas da investigação e mostrar que o caso segue sem solução.
Segundo o irmão da engenheira, Adryano Franco, o site (www.cadepatricia.com.br) foi criado para ser mais um instrumento para obter informações sobre o que aconteceu com Patrícia.
A engenheira desapareceu quando voltava de uma festa para sua casa na Barra da Tijuca. O carro de Patrícia caiu ou foi jogado numa ribanceira no Canal de Marapendi, na saída do Túnel do Joá. A perícia encontrou marcas de tiro no carro.
“Há quase um ano esperamos uma resposta da polícia. Com o site esperamos receber informações que nos ajudem a saber o que aconteceu naquela noite. Queremos divulgar tudo o que já foi dito pela imprensa sobre o caso e mostrar que muito ainda precisa ser feito”, disse o irmão da vítima.
Fonte G1
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