Quinze pessoas foram mortas em duas semanas no conjunto de favelas da Maré
No conjunto de favelas da Maré, no subúrbio do Rio, a violência tem tirado o sono dos moradores nos últimos dias. Em menos de duas semanas, 15 pessoas foram mortas durante confrontos entre traficantes e policiais.
As últimas sete mortes foram registradas na quinta (11), durante uma operação do 22º BPM (Maré). A ação foi para checar uma denúncia anônima de que traficantes estavam escondidos na comunidade.
Durante a ação, houve troca de tiros. O sargento Ítalo da Silva Leal, de 38 anos, o tenente Alexandre Alves Lima, de 31 anos, e outros cinco homens, que, segundo a polícia, seriam ligados ao tráfico de drogas, morreram no confronto.
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Os cinco suspeitos foram socorridos nos hospitais de Bonsucesso e no Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiram aos ferimentos. De acordo com o coronel Marcus Jardim, do 1º Comando de Policiamento da Capital (1º CPC), dois deles seriam chefes de uma facção criminosa que atua no conjunto de favelas.
Na operação de quinta, a polícia apreendeu fuzis, munições, uma pistola e mais de mil trouxinhas de maconha. O material foi encaminhado para a 21ª DP (Bonsucesso). Os PMs mortos na ação serão enterrados na tarde desta sexta no cemitério Edson Passos, em Mesquita.
Clima de tristeza
No 22º BPM, o clima era de muita tristeza nesta sexta-feira (12). Amigos dos dois policiais que morreram no confronto de quinta-feira não quiseram gravar entrevista. No acesso à região, o policiamento foi reforçado, enquanto que, na favela os moradores tentavam retomar a rotina depois do susto de quinta.
O clima é tenso na Maré desde o fim de maio, quando um confronto entre traficantes rivais deixou oito mortos, entre eles um pedreiro que foi atingido por uma bala perdida.
A polícia passou a manter a área ocupada. Milhares de crianças ficaram sem aula nos últimos dias. Algumas escolas abriram, mas, com medo, muitos alunos não apareceram.
De acordo com o coronel Marcos Jardim, a polícia continua a ocupar a região.
Fonte G1
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