De 7 a 9 de maio - Acesse a
programação
A Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO está propondo o Seminário Memórias do
Holocausto, a ser realizado nos dias 07, 08 e 09 de maio de 2012.
O evento, desenvolvido por
iniciativa de vários Professores de Centros (CLA, CCH e CCJP) da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, desenvolve-se em parceria com o
Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB, em suas duas sedes. No dia 07 de
maio de 2012, na Avenida Marechal Câmara, nº 210, 5º andar - Centro, e no dia
08 de maio no Centro Cultural do IAB - Rua Teixeira de Freitas, 05/301, Lapa,
voltando no dia 09 de maio a se realizar na sede da Marechal Câmara.
O Seminário contará com amplo
envolvimento da comunidade acadêmica, com a participação de vários Centros da
UNIRIO, bem como com palestrantes e organizadores da Universidade Federal
Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade de São
Paulo e Universidade de Brasília, UFRJ E UERJ.
O objetivo central do
Seminário é proporcionar debates acadêmicos relacionados ao Holocausto como
fato seminal da modernidade ocidental, analisando seus impactos políticos,
sociais, econômicos e jurídicos. Trata-se de atividade que congrega os três
pilares da Universidade - ensino, pesquisa e extensão -, oferecendo ao público
acadêmico e à comunidade em geral a memória que, ao não se apagar, pode nortear
as ações presentes.
O Holocausto
Apesar de não ter sido o
primeiro genocídio do século XX, o Holocausto - do grego, sacrifício pelo fogo
-, levado à frente pelo regime nazista alemão (1930-1945), assumiu estruturas e
processos próprios, expondo ao ocidente em escala antes inimaginável seu
próprio arsenal de destruição. Em seis anos, de 1939 a 1945, foram exterminados
mais de seis milhões de pessoas, dentre elas um milhão e quinhentas mil
crianças.
Intelectuais de toda parte o
compreenderam inicialmente como a emergência de uma barbárie tipicamente
não-moderna, contrária à civilização racional e pacífica que supostamente se
desenvolvia em todo o hemisfério ocidental. Em especial a análise dos autores
filiados à Escola de Frankfurt inverteu esse diagnóstico, reconhecendo o
Holocausto como um genocídio tipicamente moderno, organizado sob a mesma
racionalidade industrial que levou a produção em série capitalista aos seus
mais altos níveis de produtividade. Por outro lado, da perspectiva política e
jurídica, o genocídio foi analisado como um dos componentes do arsenal de uma
política irracional de obtenção da adesão das massas que pode ou não ter
deitado raízes na Kultur ocidental.
As controvérsias intelectuais
sobre os fatores causais do Holocausto são inúmeras e a continuidade dos
esforços destinados a compreendê-lo é crucial para o entendimento dos rumos
atuais da modernidade. O Holocausto vitimou sistematicamente sobretudo judeus,
mas destinou-se a extinguir outras minorias - ciganos e deficientes físicos e
mentais -, atingindo também negros, mestiços e homossexuais. Serviu à
perseguição política dos comunistas e à discriminação religiosa. Provocou ainda
um deslocamento imenso de populações ameaçadas. Valeu-se, sem dúvida, de
imensos capitais e conhecimento logístico para a construção de prisões, campos
de concentração e de extermínio, vigilância e perseguição.
Com impactos imediatos
destruidores em vários âmbitos - famílias, cidades, estruturas políticas e
jurídicas, organizações sociais e políticas, bens artísticos -, o nazismo
produziu reações. Deu ensejo à criação da Organização das Nações Unidas e à
Carta das Nações Unidas, voltada para a defesa de direitos humanos universais;
ao Tribunal de Nuremberg, para julgar os crimes de guerra do Nazismo em bases
internacionais; provocou a reestruturação do sistema político e jurídico em
vários países.
Tais instituições, entretanto,
não puderam significar até então a eliminação dos genocídios no mundo
ocidental, a inclusão pacífica de outras etnias, culturas, de imigrantes.
Também a extensão da modernidade ao hemisfério oriental, contribuindo para a
queda de regimes autoritários, não representa qualquer garantia de emancipação
humana. Debater o Holocausto, suas memórias, e suas relações com as estruturas
de pensamento e institucionais da modernidade é, portanto, central para os
rumos do século XXI.
Programação
7 de Maio
10h Solenidade de Abertura
Doutor Daniel Klabin
Doutor Fernando Fragoso, Presidente do IAB
Excelentíssimo Senhor Doutor Luiz Fux, Ministro do STF
Doutora Malvina Tuttman, Coordenadora do Seminário
10:30 Conferência de Abertura:
O Insulto do Holocausto
Doutor Arnaldo Niskier, ABL
11:45 Peça O ESPIÃO, de
Bertold Brecht
Luciano Maia, CLA/Unirio
13:30 O Direito e o Holocausto
Jackson Grossman, FIERJ/IAB/ANAJUBI, Mediador.
Menelick de Carvalho Netto, Professor Associado, UNB
Argemiro Cardoso Moreira Martins, Coordenador PPGD/UNB
Rogerio Dultra dos Santos, Coordenador PPGDC/UFF
16:00 Apresentação Musical
Violinista Ayram Nicodemo e músicos, UNIRIO
8 de Maio
9:30 Palestras e Exibição de
Filme
"Um Desafio Superado: Os
atores e o Holocausto", por Jane Celeste Guberfain
Exibição do Filme PEQUENA
ANNE, MEMÓRIAS DO CAMPO.
Texto e Direção Geral de
Gláucia Flores y Reyes, Ano: 2011, RJ.
Palestra "Trauma e
Desestruturação Psíquica", por Sofia débora Levi, UFRJ, CNPIR/CONIB.
13:30 Depoimentos
Roza Rudnik, Aleksander Henriklacks e Samuel Rozenberg.
Sofia Débora Levy, Mediadora
15:30 O Brasil e os Refugiados
Vera Lúcia Bogêa Borges, Historiadora, CP II, Mediadora
Fabio Koifman, Historiador, Professor da UFRRJ
Laura Rónai, Doutora e Professora de Música, UNIRIO
Jeronymo Movschowitz, Historiador, UERJ.
17:00 Conjunto Música Antiga,
UFF.
9 de Maio
9:30 Holocausto e Memória
Nelson Kuperman; Randolpho Gomes, IAB. Mediadores
Luís Edmundo de Moraes, Historiador, NEUP/UFRRJ
Katia Lerner, FIOCRUZ
Bernardo Sorj, Sociólogo, UFRJ/CEPS
Michel Gherman, Co-Coordenador NIEJ/UFRJ
14:00 Holocausto e o Diálogo
Interreligioso
Paulo Cavalcante, UNIRIO, Mediador
Diane Kuperman
Pe. Jesus Hortal
Babalao Ivanir dos Santos
16:00 Conferência de
Encerramento.
Doutor Roberto Kant de Lima, UFF, UGF, Coordenador do INCT-InEAC
17:30 Orquestra Barroca, UNIRIO
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