A dois meses das eleições para a direção da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil nos próximos dois anos, as prováveis candidaturas já foram postas à prova. Uma pesquisa encomendada pelo atual presidente da entidade e candidato à reeleição, Wadih Damous, mostra vantagem de 60% sobre seu principal adversário, Lauro Schuch, vice-presidente da seccional. A atual gestão é aprovada por 88% dos advogados entrevistados. A pesquisa não incluiu outros dois candidatos que já afirmaram participar da disputa, Luciano Viveiros e Wanderley Rebello Filho.
A pesquisa feita pelo Ibope envolveu 400 entrevistas por telefone com filiados à entidade em todo o estado, segundo lista entregue ao instituto pela própria OAB-RJ. As ligações foram feitas entre os dias 5 e 7 de agosto.
Wadih Damous e Lauro Schuch, apesar de participarem de grupos políticos diferentes, foram eleitos presidente e vice-presidente em 2006. Os dois já haviam concorrido em chapas diferentes para as eleições anteriores. No entanto, como eram de oposição, resolveram somar forças para tentar fazer frente aos advogados que davam as cartas na seccional havia 15 anos. Deu certo. A chapa foi eleita com o discurso de mudar a cara da OAB do Rio.
Segundo o Ibope, Damous tem 71% das intenções de voto, contra 11% de Schuch. Votos em branco e nulos somam 6%, e indecisos, 13%. Fora da capital, a vantagem do atual presidente em relação ao vice é maior: 84% contra 7%. Entre os 116 advogados entrevistados fora do Rio, apenas 1% não sabe em quem votará, e 8% não votará em nenhum dos dois. Já na capital, a diferença cai para 54 pontos percentuais. Dos 284 entrevistados, 17% ainda não têm uma preferência. Votos nulos e em branco são 5%.
O maior número de indecisos no estado está entre os advogados aposentados e inativos — 22%. Mesmo assim, Damous está 55 pontos à frente de Schuch. O presidente tem 64% das intenções dos 77 entrevistados. Schuch tem 9%. Brancos e nulos somam 5%.
Boa parte da vantagem se deve à forte aprovação à atual gestão, que chega a 88%. Apenas 6% dos entrevistados desaprovam o trabalho de Wadih Damous à frente da entidade, e 7% preferiram não opinar. Mesmo assim, a ação da OAB é ruim ou péssima para somente 2% dos advogados. O desempenho nos últimos dois anos foi ótimo ou bom para 82%, e regular para 13%. Não opinaram apenas 3%.
O resultado, no entanto, mostra leve queda na avaliação. Em março, 86% classificavam a gestão como ótima ou boa, 11% como regular e só 1% achavam ruim ou péssima. Não responderam 2% dos entrevistados.
As eleições acontecem no dia 16 de novembro. Por enquanto, se dizem na disputa os advogados Wadih Damous, Lauro Schuch, Luciano Viveiros e Wanderley Rebello Filho.
A corrida pela presidência já apresentou outros nomes. Chegou-se a cogitar para a disputa o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Rio Sylvio Capanema que seria apoiado pelo grupo anterior a Damous. Outro advogado que chegou a se lançar foi Wanderley Rebello, que foi apoiado por algumas lideranças da gestão anterior a Damous. Luciano Viveiros também conta com apoio de alguns advogados que já comandaram a OAB-RJ, como o ex-presidente da seccional Otávio Gomes.
O advogado João Tancredo chegou a fazer campanha, apresentar propostas e conseguir apoio de advogados. O site com suas propostas ainda está no ar. Mas ele decidiu sair da corrida por problemas de saúde.
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