Lula diz que povo sabe quem ele quer como sucessor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu hoje que muitos vão acusar de "política" a sua primeira participação, como líder de governo, em comemoração do Dia do Trabalho organizada por centrais sindicais.
O fato, destacou o presidente, é que depois de sete anos de governo são poucos os líderes que têm coragem de enfrentar o trabalhador cara a cara. "Geralmente, um presidente começa com alta popularidade e acaba saindo pela porta dos fundos", afirmou.
Em seu discurso de 15 minutos, Lula destacou os feitos de seu governo e defendeu a continuidade das ações adotadas durante sua gestão. "O povo sabe quem eu quero que seja o próximo presidente".
Diante de um público formado por trabalhadores, Lula destacou que em seus dois mandatos houve forte reajuste do salário mínimo, criação de empregos e ganho real para todos os trabalhadores.
Ao falar sobre a recente crise econômica, Lula destacou que foram os banqueiros, aqueles mesmo que falavam das crises nos países mais pobres, que desencadearam os problemas. "Eles não olhavam para seus próprios bancos". O presidente destacou que quem ajudou o Brasil a sair da crise não foram esses banqueiros, mas os pobres brasileiros, que continuaram a consumir para sustentar o crescimento econômico.
O presidente também comentou o fato de ter figurado no topo da lista do homens mais influentes do mundo elaborada pela revista norte-americana "Time". "Fico feliz por a Time ter dito isso. A elite brasileira dizia que eu não sabia governar e que eu não falava inglês. Eu não tenho inglês, mas tenho coração e consciência pelo povo brasileiro."
O Brasil, continuou o presidente, é respeitado por ser economicamente sério, ter estabilidade econômica. "Antes era só carnaval, morte de crianças e futebol", disse.
Nesta manhã, acompanhado de Dilma, Lula participou da festa comemorativa do 1º de maio organizada pela Força Sindical e pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), em São Paulo. Ambos são esperados em outros três eventos sindicais neste sábado, Dia do Trabalho.
Fonte Estadão.
Um comentário:
é, Lula tem razão - são poucos os presidentes que em final de mandato enfrentam cara a cara a classe trabalhadora. Enquanto isso Serra vai a uma convenção de evangêlicos comparando fumante com pessoas que "Não tem Deus no coração".
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