Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Além dos 500 PMs que vão atuar no Borel e em favelas vizinhas, Beltrame anuncia mais 1.200 homens nos morros da região ainda este anoRio - Até o fim do ano, a Tijuca e os bairros vizinhos contarão com 1.700 policiais militares em comunidades pacificadas. Somados aos 725 homens do 6º BPM (Tijuca), serão mais de 2.400 PMs na área. O anúncio foi feito ontem pelo secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, em entrevista a O DIA, durante a qual destacou que a região será beneficiada com a maior parte das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) previstas para 2010. Das oito planejadas para começar a funcionar até dezembro — sem contar a do Borel, cuja ocupação começou quarta-feira — pelo menos seis deverão ficar no trecho que vai do Catumbi ao Engenho Novo, passando por Estácio, Rio Comprido, Andaraí, Grajaú, Vila Isabel e Mangueira.
Alemão terá UPP até o fim de 2010
Situação tranquila no Borel no segundo dia de ocupação
De manhã, em visita à Cidade de Deus, Beltrame voltou a afirmar que, para ocupar favelas como o Complexo do Alemão, é necessário planejamento e efetivo maiores. O secretário comentou ainda a ação iniciada quarta-feira nos morros da Tijuca: “Já esperava que não houvesse troca de tiros e reação de bandidos, devido às operações da PM e da Polícia Civil”.
Tranquilidade no dia seguinte
O segundo dia de ocupação na Tijuca foi de tranquilidade. Com ajuda de cinco cães farejadores, policiais vasculharam as favelas em busca de armas, drogas e corpos de vítimas do tráfico. À tarde, a única ocorrência registrada foi a prisão de um jovem com cerca de um quilo de maconha e material para embalar a droga. O que mais chamou a atenção dos moradores foi que, nos locais onde os bandidos costumavam ficar, havia policiais. Muitos foram cumprimentar os PMs pela ação.
Homem é flagrado com drogas por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Morro do Borel | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
À tarde, um bandido apontado como gerente do tráfico do Borel foi preso na Vila Kennedy, Zona Oeste. Assis Albano Ferreira da Silva, 38 anos, o Ratinho, foi flagrado circulando pela favela com um revólver. Procurado pela Justiça, ele estava refugiado na casa da sogra.
Controle até sobre a música de vendedores
O porteiro Homero Alves, 35 anos, que mora há oito anos no Borel com dois filhos e a mulher, também estava feliz. “Ninguém quer criar os filhos perto de bandidos. Acho que a nossa vida vai mudar a partir de agora”, disse. Já o comerciante Zacarias Freire, 55, ainda estava desconfiado. “É melhor esperar alguns dias antes de avaliar a ocupação”.
Reportagem de Fábio Varsano e Vania Cunha
Fonte O Dia Online
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