PAULO ATHOS ACRÓSTICO
por Odemar Leotti*
Pausas, passagens, paradas, pensares, pulsares mais e menos fortes,
Atalhos redemoinhos espirais, ponto incógnito, pontos incapturáveis
Uivos, urros, uma voz fala consigo mesmo e não mais se lê como antes
Leituras múltiplas que fogem de nosso controle levada pelo corpo
Ocultações a si mesmo. Fugas e perdições e o fervilhar embaralhado
Atonicidades sempre existiram e não espantam mais os viajantes
Todas as estradas pertencem somente a quem sempre viaja
Honrar a vida é fabricá-la em várias viagens para fora dela
Ornamentá-la quando prazerosa, cheirosa e gostosa.
Suspendê-la quando viçosa e sem o brilho de um amanhecer.
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