segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

MILÍCIAS, A SEMENTE DO MAL: PODER PÚBLICO É RESPONSÁVEL.








Disputa por comando



Cabral sobre milícias: 'poder público abandonou essas comunidades'



RIO - O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que o 9º BPM (Rocha Miranda) vai manter um policiamento na entrada da favela Palmeirinha e num ponto de saída da comunidade. A milícia que controlava a favela foi presa na sexta-feira e, no domingo, um bando armado invadiu a favela agredindo moradores e teria seqüestrado duas pessoas . Segundo Beltrame, este "é o policiamento que podemos ter ali neste momento. A milícia é um perigo assim como o tráfico. Temos que combater os dois. Se combatermos um e outro entrar, a polícia tem que ir retirar". O governador Sérgio Cabral também comentou o problema.


- O poder público abandonou essas comunidades. Então, lá nessas comunidades, não tem escola, não tem esgoto, não tem posto de saúde e também não tem segurança. Ou é o tráfico de drogas ou é a milícia. Nós estamos invertendo isso. Não é fácil, mas estamos no caminho certo: combater a marginalidade, seja ela do tráfico de drogas, seja ela da milícia - afirmou Cabral.



Favela amanheceu sem policiamento nesta segunda

Três traficantes suspeitos de retomar o poder na favela de forma violenta, no domingo, já foram identificados. Dois moradores ainda estão desaparecidos. Na manhã desta segunda-feira, não havia policiamento na Favela da Palmeirinha. No fim da tarde, duas patrulhas circulavam no acesso à favela.

- Se deixar sem segurança, do jeito que está, vai piorar ainda mais - criticou um morador.

No momento da invasão dos traficantes, na madrugada de domingo, os moradores contaram que telefonaram para a Polícia Militar.

- Ligamos. Muitos moradores ligaram e eles não vieram: não compareceram em momento nenhum - afirmou outro morador da comunidade. A Polícia Militar afirmou que não recebeu nenhum chamado, no domingo, sobre a invasão da Favela da Palmeirinha.

Na sexta-feira passada, quatro chefes da milícia foram presos na Favela da Palmeirinha. Dois dias depois, sem policiamento, o território ficou livre para a ação de traficantes. Moradores contam que eles invadiram uma casa e espancaram um casal, que desapareceu: A vendedora Josefa do Nascimento, de 28 anos, e o garçom Marcelo Gregório da Silva, de 36 anos.

Nesta segunda-feira, a Polícia Civil descobriu que um dos corpos encontrados no domingo, dentro de um carro incendiado na Avenida Brasil, é o de Marcelo, suspeito de integrar a milícia e irmão de um dos presos , Bruno Gregório Siqueira Nascimento, que é ex-soldado da Polícia Militar. Marcos acompanhou o enterro do irmão sob escolta policial. Somente um exame de DNA poderá confirmar se o outro corpo é o da vendedora.

Segundo a Draco, os milicianos da Palmeirinha dominavam pelo menos outras quatro favelas: Fernão Cardim, Águia de Ouro e Guarda, em Del Castilho; e o Morro da Coroa, no $éier. O chefe do grupo é Fabrício Fernandes Mirra, soldado Batalhão Ferroviário e ex-fuzileiro naval, que está foragido. Até agora 13 milicianos foram indiciados pela Draco, sendo que sete estão presos.


Fonte: G1

Foto: O GLOBO

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