Segurança Pública do Rio de Janeiro está como cego em tiroteio.
RIO DE JANEIRO, 24/10/2009 - O Ministério da Justiça negou nesta segunda-feira que a ordem para a invasão do Morro dos Macacos teria partido de traficantes presos na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. Em nota, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, repudia a informação atribuída à Polícia Civil do Rio de Janeiro. O Depen ressalta que, no presídio, não há como um preso se comunicar com o ambiente exterior".
No domingo, os serviços de inteligência das polícias Civil e Militar informaram que a ordem para a invasão do Morro dos Macacos partiu de traficantes em catanduvas . E que um dos idealizadores do ataque seria Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que quer retomar o controle da venda de drogas na favela. Ainda de acordo com investigadores, o plano teve o apoio de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que cumpre pena na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A nota do Depem informa também o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Mariano Beltrame, em conversa telefônica com o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Damazio negou "veementemente" que a informação tenha partido da inteligência da Polícia Civil do Rio.
Segundo o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Sales Damazio, todos os encontros dos presos com os advogados são monitorados no parlatório. Os presos também não têm como passar bilhetes porque eles ficam isolados por vidro.Segundo o Ministério da Justiça, atualmente há 26 detentos do Rio de Janeiro cumprindo pena em penitenciárias federais de segurança máxima. A nota informa que "vale ressaltar que os serviços de inteligência do Depeme da Secretaria de Segurança Pública do Rio mantêm contato diário para monitorar a situação dos presos que estão sob a guarda do Sistema Penitenciária Federal".
Nesta segunda-feira, o governador Sérgio Cabral disse que o setor de inteligência da polícia não sabia da possibilidade de uma invasão ao Morro dos Macacos.
A declaração de Cabral contraria a do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que informara no sábado, inclusive, que policiais estiveram na favela na noite de sexta-feira à espera da ação.
Chefes do Tráfico que estavam no Rio de Janeiro foram transferidos para Campo Grande.
Foram usados 10 furgões - cada um com um preso - para retirar os presos do Complexo Peninteciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, e conduzi-los até a base do Galeão. O destino da aeronave é a base aérea de Campo Grande.
A transferência foi autorizada após pedido da Secretaria estadual de Segurança Pública do Rio, na noite da sexta-feira (23), ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público. Segundo o governo estadual, o motivo são os últimos confrontos causados pela guerra do tráfico. Eles são suspeitos de ordenarem as invasões de favelas, que provocaram a guerra entre facções.
De acordo com o último balanço divulgado pela Polícia Militar, 41 pessoas foram mortas em confrontos e outras 58 foram presas desde sábado (17), em operações para capturar criminosos envolvidos na invasão ao Morro dos Macacos, na Zona Norte. A polícia apreendeu 38 armas e cinco granadas.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança informou que os presos que deverão ser transferidos para o presídio federal neste sábado (24) são: Nei da Conceição Cruz (“Nei Facão”), Edgar Alves Andrade (“Doca”), Cássio Monteiro das Neves ("Cassio da Mangueira"), Márcio Silva Matos (“Marcinho Muleta”), Roberto Ferreira Vieira (“Robertinho do Jacaré”), Jorge Alexandre Candido Maria (“Sombra”), Marcelo Soares de Medeiros (“Marcelo PQD”), Fábio Pinto dos Santos (“Fabinho São João”), Ocimar Nunes Robert (“Barbosinha”) e Claudecyr de Oliveira ("Noquinha").
Breve Histórico:
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Fonte O Globo, O Dia, G1 e outras agências internacionais.
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