segunda-feira, 17 de março de 2008

HOJE: MAIS DENUNCIAS DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ENTRE TRÁFICO E RELIGIÃO, CONTRA RELIGIÕES AFRO.



REPRESENTANTES DAS RELIGIÕES AFRO QUEREM ENCONTRO COM SECRETÁRIO DE SEGURANÇA.


RIO - Entidades federativas de umbanda e candomblé do Rio vão solicitar uma audiência urgente com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pedindo providências para garantir o livre exercício do culto religioso nas comunidades carentes da cidade.

Conforme o EXTRA informou no domingo, traficantes que freqüentam igrejas independentes vêm p´roibindo manifestações de umbanda e candomblé nas favelas cariocas, e expulsando donos de terreiros.

O vereador Átila Nunes Neto, diretor institucional da Federação Brasileira de Umbanda, afirmou que o governo precisa oferecer algum tipo de proteção às pessoas que queiram denunciar a proibição:

- É obrigação do Estado garantir os direitos do cidadão. Quem decide quem vai ficar ou não numa comunidade? A Secretaria estadual de Justiça tem que dar uma garantia para os que sofrerem este tipo de violência poderem falar.

Pai Paulo de Oxalá afirma que a discriminação com as religiões de cultos afro sempre existiu, mas agora estaria ainda pior, por conta dos traficantes de drogas que se dizem convertidos:


" Tenho uma lista de babalorixás que já sofreram este tipo de violência religiosa."
" Estamos sendo massacrados "

- É um momento difícil. Estamos sendo massacrados. Tenho uma listade babalorixás que já sofreram este tipo de violência religiosa. E é uma perseguição armada.

Pai Paulo conta que muitos pais-de-santo estão se mudando para comunidades na Baixada Fluminense:

- Eles têm que se readaptar, muitas vezes com o risco de também não ser aceitos.


Fonte: Jornal EXTRA.

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