Os "paizões"
Crianças monitoram trânsito por pedras de crack
Os viciados interrompem o trânsito e apavoram os motoristas. Os carros param e o bonde passa. Como pagamento, os craqueiros ou cracudos, como são chamados no encontro da Avenida dos Democráticos com a Dom Helder Câmara, recebem algumas pedras. Os traficantes as jogam no chão e as crianças protagonizam uma disputa violenta por cada pedaço de crack.
Clique aqui e veja a fotogaleria dos traficantes e seu arsenal de fuzis
A morte em vida causada pela droga impede uma boa estimativa quanto à idade dos usuários. Parecem ter de 10 a 15 anos, mas podem ser mais ainda mais novos e estarem envelhecidos pela pedra. Um dos viciados exagera no trago e procura apoio no poste e na barraca de X-Tudo. O jovem cambaleia, tenta resistir ao efeito do crack, mas é vencido. Ele senta no meio fio do comércio e se abaixa. Desiste de lutar.
A campana do EXTRA na esquina do medo também flagrou uma boca de fumo, com bandidos vendendo crack, cocaína e maconha, na Democráticos. Vans e táxis param no local para comprar a droga. A negociação acontece pelo vidro ou na calçada, depois do desembarque dos viciados. Os craqueiros disputam os carros quase a tapa. A cada dez minutos, taxistas deixam pessoas que vão para o interior do Jacarezinho e de Manguinhos. O horário de entrada pode ser marcado, mas ninguém sabe quando ou se vai sair.
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