sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

OAB/ RJ DE WALDIH DAMOUS: UMA ADMINISTRAÇÃO EFETIVA DEPOIS DE DÉCADAS


Subsede da OAB/RJ no Complexo do Gericionó é esperança para os mais de 500 advogados que freqüentam o local





Rio de Janeiro, 20/02/2009 - Com uma população de mais de 23 mil presos divididos em 24 casas de detenção, e mais um Hospital Penal, o Complexo Penitenciário de Gericinó recebe por mês mais de 500 advogados, que não encontram as mínimas condições de trabalho. "Não há água para os profissionais, muito menos como digitar uma petição", salientou Vanuce Cândez, futura representante da Subsede do Complexo Penitenciário. Devido à urgência da inauguração da subsede, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, o diretor do Departamento de Apoio às Subseções (DAS), Felipe Santa Cruz, e a presidente do Tribunal de Ética da OAB/ Bangu, Vanuce Candêz, vistoriaram, no dia 19 de fevereiro, as instalações do imóvel que abrigará a nova unidade da Ordem, localizada em frente ao portão de entrada do Complexo.

Para Vanuce Candêz, uma unidade da Ordem no local é fundamental. "Os profissionais ficam expostos a diversas situações, que vão desde a falta de estrutura, até aos riscos encontrados nas filas, onde acabam testemunhando atos ilícitos na entrada do Complexo", afirmou. A nova subsede da Ordem vai oferecer aos advogados a mesma estrutura encontrada nas demais sedes da OAB/RJ. Como Sala dos Advogados, Escritório Compartilhado, espaço para reunião, além, é claro, dos serviços básicos, como a tão sonhada água.

No mesmo dia, a comitiva de vistoria das obras da subsede - que ainda contou com a presença do presidente da Subseção de Bangu, Ronaldo Bittencourt Barros, e da presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Margarida Pressburger - visitou, também, as instalações da unidade Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira, considerada pelo Sistema Carcerário do Brasil uma das mais comprometidas com a reintegração dos presos à sociedade.


Uma cidade dentro de uma cidade

A Penitenciária Industrial de regime fechado, Esmeraldino Bandeira, com mais de 950 homens, é uma das pioneiras na aceleração do processo de oportunidades de trabalho, reeducação e reintegração dos internos. Segundo o Subsecretário Adjunto de Unidades Prisionais, Sauler Sakalen, a preocupação com a ocupação do preso deveria ser prioridade em todas as unidades. "No Esmeraldino, o interno trabalha o dia inteiro, e a noite retorna à cela para dormir e ver TV. É como se fossem trabalhadores comuns em mais um dia de jornada", ressaltou Sauler.

Entre as atividades desenvolvidas pelos presos da unidade estão: a fabricação de tijolos ecológicos, mais de três mil por dia; a criação de fontes, vasos artesanais e quadros; a produção de placas e tarjetas automotivas, que são distribuídas pelo Detran; a reciclagem de pallets (estruturas de madeiras) utilizadas pela Michellin do Brasil, que se transformam em brinquedos vendidos para a Saara, no Centro do Rio e também para o Mercadão de Madureira, além da produção de mais de 30 mil pães diários, que abastecem todo o sistema penitenciário do Estado do Rio.

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, parabenizou o trabalho desenvolvido na unidade e a definiu como um espelho para as demais penitenciárias. "Há um forte problema estrutural nas instalações e na quantidade de vagas disponíveis para os detentos, já que dos 950, somente 300 têm ocupação. Mas vemos que o trabalho realizado com os presos promove uma esperança de transformação, e é pioneiro em sua qualidade", salientou Wadih Damous.


Fonte: OAB/RJ

Um comentário:

Anônimo disse...

Agradeço o espaço para divulgação de nosso trabalho. com orgulho informo que já houve a inauguração da sede e que hoje os advogados contam com a estrutura necessária para o atendimento dos seus clientes.

Grato,

Felipe Santa Cruz
OAB/RJ

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