quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

NÃO HÁ GENOCÍDIO DE POBRES NO RIO DE JANEIRO?



Chega a doze número de mortos em operação policial na Zona Oeste



Escolas, creches e comércio fecharam as portas. Mais de mil crianças ficaram sem aula.

Rio - A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que chegou a doze o número de pessoas mortas que deram entrada no Hospital Albert Schweitzer, vindos das comunidades Aliança, Senador Camará e Rebu, na Zona Oeste, onde policiais civis realizam uma operação para prender traficantes. Por volta das 17 horas mais duas vítimas deram entrada.

A operação

De acordo com o 14º BPM (Bangu), três dos suspeitos foram feridos durante a incursão da polícia na Favela do Rebu. Os outros seis foram baleados na Coreia, por policiais civis. Os suspeitos feridos no Rebu foram levados para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, mas não resistiram aos ferimentos.

Ainda não se sabe onde os demais homens teriam morrido nem em que circunstâncias.

Dos mortos, apenas dois tinham documentos: um menor de 15 anos e Rogério da Costa Vieira, de 37. Os demais mortos têm entre 18 e 25 anos e apresentam vários ferimentos à bala.

Ana Maria Souza, 43, foi atingida no glúteo por uma bala perdida e foi para o raio-x.

Mais de 300 agentes chegaram cedo aos locais, com apoio de dois veículos Caveirões e um helicóptero. Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 34ª DP (Bangu), e de várias delegacias especializadas participam da operação.

Alguns presos foram capturados em um posto de saúde na localidade do Jabor. A polícia removeu algumas barreiras, inclusive alguns brinquedos, que estariam impedindo a operação dos agentes.

Cerca de 10 escolas e 4 creches da área suspenderam as aulas, e enviaram as crianças para casa com receio do tiroteio. Parte do comércio ficou com as portas fechadas.

Algumas casas e lojas na Estrada do Taquaral foram revistadas por policiais, que receberam a informação que criminosos estariam escondidos no local. A busca era pelo traficante conhecido como Aranha, chefe da organização criminosa na região.


Caça desde cedo

Os policiais de várias delegacias especializadas chegaram ao Morro da Coréia por volta das 6h45m. Em seguida, a operação foi estendida para a comunidade de Vila Aliança.

Os agentes começaram a revistar casas onde traficantes poderiam estar escondidos e em uma delas dois suspeitos foram detidos. Eles tinham rádio transmissores que provalmente, eram usados no contato entre os traficantes.

Em um galpão a polícia encontrou muletas que seriam utilizadas por um dos gerentes do tráfico que fugiu do local com a chegada dos policiais. Ele teria sido ferido em outra ocasião. Nos fundos do galpão a polícia encontrou uma saída de emergência.

Numa outra casa haviam cinco bandidos escondidos. Com a chegada dos policiais houve troca de tiros, e os cinco suspeitos foram mortos no confronto dentro da casa. Um outro criminoso teria sido morto em outro ponto da operação.

Outros três suspeitos foram presos em um posto de saúde, onde tentaram se esconder, sem confronto com os agentes.

O quarto homem preso já tinha um mandado de prisão expedido. Foram apreendidas nove pistolas e dez granadas.


Não é novidade mortes assim.

Há nove meses, também na favela da Coréia, doze pessoas morreram durante confronto com a polícia.


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