Sábado, Novembro 11, 2006
ENTREGA INCONDICIONAL
por Paulo R. de A. David
Ter teu corpo assim entregue,
Lânguido e incendiado por meus toques,
Alvo como areias de praia, como emprenhado por lua,
Nua e vestida por todos os meus sonhos e desejos,
E por meus beijos.
Ter tua pele entregue ao furor de minha boca.
Ao mergulho que me incendeia em teu calor.
Ouvir-te os murmúrios, os gemidos a enlouquecer-me a mente
Enquanto te enlouqueço em mim,
Inteira!
Ter tua boca em entrega incondicional à minha boca.
Ao passeio vertiginoso em tuas pernas
Impregnando-me com teu cheiro e teu perfume,
Enquanto teu orgasmo atravessa a mim e a tarde
E meu esperma a ti e à vida.
Nisso que é entrega e posse.
Loucura, pesadelo e sonho.
Ter tuas pernas e teus seios assim entregues,
Teus olhos como a redescobrir a luz
E tua mãos e tua boca a buscar meu ventre,
Na busca insaciada de meu sexo.
Ter-te assim entregue...
É nada.
Se, nem por um segundo apenas,
Não me entregaste a alma!
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