sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

ENTREGA INCONDICIONAL

Sábado, Novembro 11, 2006


ENTREGA INCONDICIONAL




por Paulo R. de A. David



Ter teu corpo assim entregue,

Lânguido e incendiado por meus toques,

Alvo como areias de praia, como emprenhado por lua,

Nua e vestida por todos os meus sonhos e desejos,

E por meus beijos.


Ter tua pele entregue ao furor de minha boca.

Ao mergulho que me incendeia em teu calor.

Ouvir-te os murmúrios, os gemidos a enlouquecer-me a mente

Enquanto te enlouqueço em mim,

Inteira!


Ter tua boca em entrega incondicional à minha boca.

Ao passeio vertiginoso em tuas pernas

Impregnando-me com teu cheiro e teu perfume,

Enquanto teu orgasmo atravessa a mim e a tarde

E meu esperma a ti e à vida.

Nisso que é entrega e posse.

Loucura, pesadelo e sonho.


Ter tuas pernas e teus seios assim entregues,

Teus olhos como a redescobrir a luz

E tua mãos e tua boca a buscar meu ventre,

Na busca insaciada de meu sexo.


Ter-te assim entregue...

É nada.

Se, nem por um segundo apenas,

Não me entregaste a alma!




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