sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

QUEM SOU

Sexta-feira, Dezembro 15, 2006













QUEM SOU




Gosto e sei ouvir. Quando ouço é que aprendo.

Não existe ideal que não seja utópico: na prática, conceitos se misturam.

Nunca prejulgo, nem gosto de ser prejulgado, rotulado, sem a mais ampla defesa.

Sinto pena dos radicais...

Radicalismo é estupidez! Cega!

Sou gato velho e gato velho não erra o pulo...

No mais, sou um homem comum.

Talvez com uma vida incomum, diria. Repleta de momentos e de histórias.

Sou como o oceano, às vezes carinhoso como as espumas que tocam as areias das praias.

Em outras, plena fúria contra obstáculos em meus caminhos.

E com profundezas, com mistérios, com muita vida em meu interior de milhões de anos.Sim, como o oceano e seus mares e marés para contar...

Sou filho de um momento terno entre a Terra e o Sol, amante da Vida e da Poesia e afilhado do Tempo.

O Amor é meu companheiro de viagem, juntamente com a Indignação; ambos são amigos e, mesmo os tendo, não critico seus defeitos, pois amigos a gente aceita como são.


Não tenho pretensão de modificar o mundo, de ser Dom Quixote, mas se puder fazer algo para torná-lo melhor, o farei.

Tenho ao meu lado, como guia, a Liberdade.

O mundo é um caminho regido pelo Destino e sustentado pela Eternidade, por onde ando e encontro pessoas e mestres e em cada dia que passa uma nova lição.

Sou aquele a quem a Vida ama e que ama a Liberdade.

Sou aquele que não se cala. Que nunca se calou.

Nem debaixo do sol ou da chuva.

Nem debaixo de pau.

Quanto mais apanho, mais grito.

Por mim, pelos que a covardia cala. Pelos que não têm voz!

A Luta é para mim estrada e ideal, além de companheira de caminhada.

Só temo temer. Calar diante da covardia. Não levantar a voz ou o punho para lutar contra a injustiça e os covardes.

Odeio tortura e torturadores, chacina e chacinadores, assassinos sejam agentes do estado ou criminosos comuns. São todos da mesma laia: covardes!

Desprezo aqueles que falam sobre coisas que nem sabem o beabá.

Sou um guerreiro e morrerei assim.

As marcas de minha alma e de meu corpo são medalhas.

Os anos duros não me calaram.

Os idiotas de ontem não me calaram.

Os idiotas e covardes de hoje não me calarão...

Só calarei quando encontrar minha derradeira e mais bela namorada: a Morte.

A partir de então... a Vida e a Liberdade falarão por mim!

Amo tudo que vivo e que vivi.


Até minha saudade.

Só nunca consegui deixar de odiar covardes e fanáticos religiosos, em qualquer grau.

Por uns sou odiado, por outros sou amado. Sem meio termo. Não vivo pela metade, nada.

No amanhã, alguns sentirão a ausência de minha voz e de meu perfume.

Mas que esses não se preocupem.

Um dia a gente, certamente, se encontrará por ai. Então perguntarei:

- "O que é a saudade senão a aflição dos sentidos e da alma que se rebelam, em razão da ausência?”




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