Coronel que deu exemplo na PM é reformado
RIO - Exemplo para a tropa, rigoroso com a disciplina e nome elogiado na Anistia Internacional no meio de uma polícia criticada internacionalmente por sua violência, o coronel Paulo César Lopes vai vestir o pijama. A folha de serviço o deixou cotado para substituir Gilson Pitta como comandante-geral da PM, mas o oficial foi preterido pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e verá no posto o coronel Mário Sérgio Duarte ( assista ao vídeo sobre a prisão do cabo que agrediu o menino ).
Oficialmente, o secretário optou por Mário Sérgio Duarte - ex-comandante do Bope e até ontem presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP) - por suas propostas e ter a tropa na mão.
- O coronel Mário Sérgio tem um plano de pequeno, médio e longo prazo, é preparado, transita muito bem, e é, sem dúvida, uma liderança entre os oficiais mais modernos - disse Beltrame. - O coronel Lopes tem 34 anos na polícia e teve tempo suficiente para mostrar o seu valor. Eu agradeço, gosto dele e, se acha que deve sair, paciência. Vamos em frente procurar velocidade e colocar metas. Chega de tratar as coisas emergencialmente. Essas pessoas têm projetos? É isso que queremos. Estamos no século 21.
Como comandante da Baixada, Lopes teria entrado em rota de colisão com a cúpula da PM por ter perfilado a sua tropa para prender, publicamente, um cabo que teria agredido um menor na favela do Gogó da Ema, em Belford Roxo, na última sexta-feira.
A atitude do coronel gerou críticas dentro da corporação - situação que Lopes definiu anteontem como "porcorativismo nojento" -, mas mereceu elogios de personalidades da área de direitos humanos, entre elas o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que pretende apresentar o caso em reunião da Anistia Internacional.
Nesta terça-feira, o coronel Paulo César Lopes falou sobre a mudança de comando na Polícia Militar e sua decisão de pedir a reforma. Um dos motivos apontados pelo oficial para sua saída é o fato de um coronel mais moderno ter sido escolhido para o posto.
"Não posso ser comandado por um coronel mais moderno do que eu. Ele não foi meu contemporâneo. Tenho vergonha na cara".
Antes de esperar eles tomarem essa decisão, eu decidi dar entrada na minha aposentadoria. É uma questão de princípios.
Espero que a decisão do secretário Beltrame seja pautada na sabedoria e iluminada por Deus. A história vai se incumbir de definir se a decisão dele foi adequada ou não.
Eu penso que teria ainda muito a contribuir com a Polícia Militar. Até mesmo pela minha experiência. Mas, se a experiência não tem valor para ele, ele agiu certo ao fazer o arejamento.
Saio por questões pessoais e com a certeza do dever cumprido. Não tenho nada contra a pessoa do coronel Mário Sérgio e de quem vai assumir cargos máximos na PM.
O importante é que, depois de 36 anos de PM, emoções eu vivi". (Paulo César Lopes, 55 anos, coronel da PM).
RIO - Exemplo para a tropa, rigoroso com a disciplina e nome elogiado na Anistia Internacional no meio de uma polícia criticada internacionalmente por sua violência, o coronel Paulo César Lopes vai vestir o pijama. A folha de serviço o deixou cotado para substituir Gilson Pitta como comandante-geral da PM, mas o oficial foi preterido pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e verá no posto o coronel Mário Sérgio Duarte ( assista ao vídeo sobre a prisão do cabo que agrediu o menino ).
Oficialmente, o secretário optou por Mário Sérgio Duarte - ex-comandante do Bope e até ontem presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP) - por suas propostas e ter a tropa na mão.
- O coronel Mário Sérgio tem um plano de pequeno, médio e longo prazo, é preparado, transita muito bem, e é, sem dúvida, uma liderança entre os oficiais mais modernos - disse Beltrame. - O coronel Lopes tem 34 anos na polícia e teve tempo suficiente para mostrar o seu valor. Eu agradeço, gosto dele e, se acha que deve sair, paciência. Vamos em frente procurar velocidade e colocar metas. Chega de tratar as coisas emergencialmente. Essas pessoas têm projetos? É isso que queremos. Estamos no século 21.
Como comandante da Baixada, Lopes teria entrado em rota de colisão com a cúpula da PM por ter perfilado a sua tropa para prender, publicamente, um cabo que teria agredido um menor na favela do Gogó da Ema, em Belford Roxo, na última sexta-feira.
A atitude do coronel gerou críticas dentro da corporação - situação que Lopes definiu anteontem como "porcorativismo nojento" -, mas mereceu elogios de personalidades da área de direitos humanos, entre elas o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que pretende apresentar o caso em reunião da Anistia Internacional.
Nesta terça-feira, o coronel Paulo César Lopes falou sobre a mudança de comando na Polícia Militar e sua decisão de pedir a reforma. Um dos motivos apontados pelo oficial para sua saída é o fato de um coronel mais moderno ter sido escolhido para o posto.
"Não posso ser comandado por um coronel mais moderno do que eu. Ele não foi meu contemporâneo. Tenho vergonha na cara".
Antes de esperar eles tomarem essa decisão, eu decidi dar entrada na minha aposentadoria. É uma questão de princípios.
Espero que a decisão do secretário Beltrame seja pautada na sabedoria e iluminada por Deus. A história vai se incumbir de definir se a decisão dele foi adequada ou não.
Eu penso que teria ainda muito a contribuir com a Polícia Militar. Até mesmo pela minha experiência. Mas, se a experiência não tem valor para ele, ele agiu certo ao fazer o arejamento.
Saio por questões pessoais e com a certeza do dever cumprido. Não tenho nada contra a pessoa do coronel Mário Sérgio e de quem vai assumir cargos máximos na PM.
O importante é que, depois de 36 anos de PM, emoções eu vivi". (Paulo César Lopes, 55 anos, coronel da PM).
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