Discurso da deputada Cidinha Campos (PDT):
"Sr. Presidente, Sra. e Srs. Deputados, o que eu tenho a dizer não é tão grande que eu não pudesse usar um aparte para fazê-lo, mas eu achei que seria tirar o tempo do debate que está se ouvindo aqui, porque tem sido muito bonito, E eu quero cumprimentar o Deputado Paulo Ramos - não é sempre que eu faço isso, não é, deputado? - pelo seu discurso desta tribuna.
Falou-se muito aqui, Sr. Presidente, sobre estado de direito. Acho que do estado de direito já se falou demais. Nós temos que falar do Estado direito. O Estado direito é aquele em que o deputado trabalha, vive com o seu salário, não rouba de ninguém, não tira dinheiro da escola de criança. Esse é o Estado direito!
Não vou fazer nenhuma análise jurídica. Eu vejo com espanto que na hora de defender um deputado, vão procurar na Constituição o amparo para livrá-lo de uma punição. Mas esse deputado, que foi Chefe da Polícia deste Estado do Rio, não respeitou nem o Código Penal, nem o Código Civil. Nada! Na hora de se defender, todos buscam a legalidade ideal: a Constituição Federal, que ninguém respeita.
Esta Casa, é claro, tem competência para tirá-lo do xadrez, mas não tem legitimidade. Sabe por que, Sr. Presidente? Porque 40% desta Casa estão envolvidos com a marginalidade: 40% de uma casa política envolvidos com bolsa-escola, máfia dos combustíveis, assassinato, grupo de extermínio, extorsão, milícia e tráfico. Que legitimidade tem esta Casa para dizer que ele tem que sair da prisão? Estão votando em causa própria! “É ele hoje, sou eu amanhã” – como já disseram aqui uma vez.
Então, qualquer que seja esse resultado, e eu já sei qual será, como sabia que ele ia ser preso – e V. Exa. é testemunha que eu sabia que ele ia ser preso - como sei que outros serão. Serão presos e nós nos vamos enfraquecendo a cada passo. As argolas que querem tirar do pé do Álvaro Lins já estão chegando aos nossos pés, porque nós estamos implantando no Poder Legislativo do Estado do Rio de Janeiro o poder da bandidagem, da falcatrua, da falta de respeito à população e ao direito do Estado, ao Estado direito.
Sr. Presidente, eu trouxe documentos aqui. Tem gravação. Eu tenho a degravação completa da investigação da Poeira no Asfalto. O chefe do gabinete do Dr. Álvaro Lins tratando da falcatrua que ia fazer naquele direito especial do imposto do ICMS que o Garotinho ia botar. Ele não está sendo julgado por isso, mas também será e nós vamos perder o bonde da história, porque ele é o principal envolvido na máfia dos combustíveis. Mas como é que vai votar esta Casa? Dos oito presos, um é funcionário daqui. A mulher do Sr. Álvaro Lins, a ex, é funcionária da Casa, e os outros, os demais, todos foram homenageados pela Casa, todos os bandidos receberam moção desta Casa, alguns receberam três ou quatro. Mas que moral tem um Deputado que dá moção para esses bandidos? E eu não estou nem falando do Álvaro Lins, que recebeu a Medalha Tiradentes e outras coisas, estou falando dos “inhos” todos. Bandidos pés-de-chinelo que receberam moção, medalha de diversos Deputados, a maioria de Deputados também envolvidos em outras denúncias de corrupção.
Eu acho, Sr. Presidente, que é um discurso perdido. Quando a gente se opõe ao sistema, porque isso virou um sistema, chega a ser perda de tempo. Mas o que estou fazendo aqui se eu não fico pelo menos indignada com o que está acontecendo? Então, eu sei que ele vai sair por aquela porta, vai usar os instrumentos que tem, como disse bem o Sr. Deputado Paulo Ramos, como ex-Secretário de Segurança Pública, para desvirtuar a investigação. E não é só ele, são dois ex-Secretários, ele e o Ricardo Hallack, que é outro bandido de primeira classe muito homenageado nesta Casa.
É um discurso vazio. É um discurso que não vai dar em nada.
Pode sair, Sr. Deputado Álvaro Lins! A Casa é sua"
Falou-se muito aqui, Sr. Presidente, sobre estado de direito. Acho que do estado de direito já se falou demais. Nós temos que falar do Estado direito. O Estado direito é aquele em que o deputado trabalha, vive com o seu salário, não rouba de ninguém, não tira dinheiro da escola de criança. Esse é o Estado direito!
Não vou fazer nenhuma análise jurídica. Eu vejo com espanto que na hora de defender um deputado, vão procurar na Constituição o amparo para livrá-lo de uma punição. Mas esse deputado, que foi Chefe da Polícia deste Estado do Rio, não respeitou nem o Código Penal, nem o Código Civil. Nada! Na hora de se defender, todos buscam a legalidade ideal: a Constituição Federal, que ninguém respeita.
Esta Casa, é claro, tem competência para tirá-lo do xadrez, mas não tem legitimidade. Sabe por que, Sr. Presidente? Porque 40% desta Casa estão envolvidos com a marginalidade: 40% de uma casa política envolvidos com bolsa-escola, máfia dos combustíveis, assassinato, grupo de extermínio, extorsão, milícia e tráfico. Que legitimidade tem esta Casa para dizer que ele tem que sair da prisão? Estão votando em causa própria! “É ele hoje, sou eu amanhã” – como já disseram aqui uma vez.
Então, qualquer que seja esse resultado, e eu já sei qual será, como sabia que ele ia ser preso – e V. Exa. é testemunha que eu sabia que ele ia ser preso - como sei que outros serão. Serão presos e nós nos vamos enfraquecendo a cada passo. As argolas que querem tirar do pé do Álvaro Lins já estão chegando aos nossos pés, porque nós estamos implantando no Poder Legislativo do Estado do Rio de Janeiro o poder da bandidagem, da falcatrua, da falta de respeito à população e ao direito do Estado, ao Estado direito.
Sr. Presidente, eu trouxe documentos aqui. Tem gravação. Eu tenho a degravação completa da investigação da Poeira no Asfalto. O chefe do gabinete do Dr. Álvaro Lins tratando da falcatrua que ia fazer naquele direito especial do imposto do ICMS que o Garotinho ia botar. Ele não está sendo julgado por isso, mas também será e nós vamos perder o bonde da história, porque ele é o principal envolvido na máfia dos combustíveis. Mas como é que vai votar esta Casa? Dos oito presos, um é funcionário daqui. A mulher do Sr. Álvaro Lins, a ex, é funcionária da Casa, e os outros, os demais, todos foram homenageados pela Casa, todos os bandidos receberam moção desta Casa, alguns receberam três ou quatro. Mas que moral tem um Deputado que dá moção para esses bandidos? E eu não estou nem falando do Álvaro Lins, que recebeu a Medalha Tiradentes e outras coisas, estou falando dos “inhos” todos. Bandidos pés-de-chinelo que receberam moção, medalha de diversos Deputados, a maioria de Deputados também envolvidos em outras denúncias de corrupção.
Eu acho, Sr. Presidente, que é um discurso perdido. Quando a gente se opõe ao sistema, porque isso virou um sistema, chega a ser perda de tempo. Mas o que estou fazendo aqui se eu não fico pelo menos indignada com o que está acontecendo? Então, eu sei que ele vai sair por aquela porta, vai usar os instrumentos que tem, como disse bem o Sr. Deputado Paulo Ramos, como ex-Secretário de Segurança Pública, para desvirtuar a investigação. E não é só ele, são dois ex-Secretários, ele e o Ricardo Hallack, que é outro bandido de primeira classe muito homenageado nesta Casa.
É um discurso vazio. É um discurso que não vai dar em nada.
Pode sair, Sr. Deputado Álvaro Lins! A Casa é sua"
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Disseram NÃO à liberação do deputado Álvaro Lins e honraram cada voto recebido de seus eleitores os deputados:
1 - Alcides Rolim (PT)
2 - Alessandro Molon (PT)
3 - Cidinha Campos (PDT)
4 - Comte Bittencourt (PPS)
5 - Fernando Gusmão (PCdoB)
6 - Flavio Bolsonaro (PP)
7 - Gilberto Palmares (PT)
8 - Inês Pandeló (PT)
9 - Marcelo Freixo (PSOL)
10 - Nilton Salomão (PMDB)
11 - Olney Botelho (PDT)
12 - Paulo Ramos (PDT)
13 - Rodrigo Neves (PT)
14 - Sabino (PSC)
15 - Wagner Montes (PDT)
Votaram a favor da libertação de Lins
1 - Alessandro Calazans PMN
2 - Anabal PHS
3 - Aparecida Gama PMDB
4 - Atila Nunes DEM
5- Audir Santana PSC
6 - Beatriz Santos PRB
7 - Chiquinho da Mangueira PMDB
8 - Coronel Jairo PSC
9 - Délio Cesar Leal PMDB
10 - Dica PMDB
11 - Dionisio Lins PP
12 - Domingos Brazão PMDB
13 - Dr. Wilson Cabral PSB
14 - Edino Fonseca PR
15 - Edson Albertassi PMDB
16 - Fábio Silva PMDB
17 - Geraldo Moreira da Silva PMN
18 - Gerson Bergher PSDB
19 - Glauco Lopes PSDB
20 - Graça Matos PMDB
21- Iranildo Campos PTB
22 - João Pedro Figueira DEM
23 - João Peixoto PSDC
24 - Jorge Babu PT
25 - Jorge Picciani PMDB
26 - Luiz Paulo PSDB
27 - Marcelo Simão PHS
28 - Marco Figueiredo PSC
29 - Marcus Vinicius PTB
30 - Mario Marques PSDB
31 - Natalino DEM
32 - Paulo Melo PMDB
33 - Pedro Paulo PSDB
34 - Rafael Aloisio Freitas DEM
35 - Rogerio Cabral PSB
36 - Ronaldo Carlos de Medeiros PSB
37 - Sheila Gama PDT
38 - Sula Do Carmo PMDB
39 - Tucalo PSC
40 - Waldeth Brasiel PR
Faltaram à sessão:
1 - Alair Correa (PMDB)
2 - Altineu Cortes (PT)
3 - Alvaro Lins (PMDB)
4 - André Corrêa (PPS)
5 - André do PV
6 - Armando José (PSB)
7 - Graça Pereira (DEM)
8 - Jodenir Soares (PTdoB)
9 - José Távora (DEM)
10 - José Nader (PTB)
11 - Marcos Abrahão (PSL)
12 - Nelson Gonlçalves (PMDB)
13 - Pedro Augusto (PMDB)
14 - Roberto Dinamite (PMDB)
15 - Zito (PSDB)
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