Preso miliciano da favela onde jornalistas foram torturados
Ele seria um preso em regime semi-aberto e o segundo na hierarquia do grupo.
Equipe de reportagem foi feita refém e torturada na Favela do Batan, em Realengo
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Um preso que cumpre pena em regime semi-aberto foi apresentado nesta quarta-feira (4) como o segundo homem na hierarquia da milícia que atua na Favela do Batan, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde uma equipe de reportagem do jornal "O Dia" foi feita refém e torturada.
O suspeito Davi Liberato de Araújo foi apresentado na Draco - a delegacia especializada de repressão ao crime organizado. Segundo o delegado Cláudio Ferraz, o líder da milícia já está identificado e está foragido. Ele seria um policial que ingressou na carreira por concurso mesmo já tendo uma condenação. O ingresso teria sido obtido graças a uma liminar da Justica.
Na terça-feira (3), o secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame tinha afirmado que o inquérito que apura a tortura dos jornalistas está pronto. No domingo (1), o secretário já havia confirmado que policiais militares integram a milícia acusada de torturar os jornalistas.
A denúncia de que os jornalistas tinham sido feitos reféns e torturados foi a manchete da edição de domingo (1) de “O Dia”, que chegou no sábado (31) à tarde às bancas. Uma repórter, um fotógrafo e um motorista foram seqüestrados e mantidos em cárcere privado.
Segundo o jornal, a equipe fazia uma reportagem na favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste do Rio, sobre a ação das milícias, que são grupos paramilitares que dão suposta proteção aos moradores em troca de dinheiro e do domínio da região.
A reportagem revela ainda que os profissionais estavam vivendo na comunidade, em uma casa alugada, por um período de duas semanas.
Eles foram capturados no dia 14 de maio. Segundo o jornal, o fotógrafo, o motorista e um morador foram rendidos por um grupo armado e encapuzados. De lá seguiram até a casa onde estava a repórter. Ela também foi capturada e os quatro foram levados para um cativeiro.
De acordo com o jornal, em sete horas e meia de terror, a equipe foi submetida a socos, pontapés, choques elétricos e sufocamento com saco plástico. Segundo a reportagem, os profissionais foram soltos sob a condição de não denunciarem os agressores.
Fonte G1
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