Milícias teriam oferecido R$ 1 milhão pelo assassinato de policiais da Draco e da 35ª DP
RIO - O serviço de inteligência da Polícia Civil descobriu nesta quinta-feira um plano das milícias da área de Campo Grande para executar os delegados da 35ª DP (Campo Grande) e da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco), que investigam a atuação desses grupos, como informa reportagem do jornal "O Globo". Milicianos da região se reuniram na noite de quarta na favela Vilar Carioca, em Campo Grande, no mesmo dia em que foi lançada uma bomba na 35ª DP. Eles discutiram o destino dos policiais e teriam oferecido R$ 1 milhão pelo assassinato deles
Nesta quinta, policiais da 35ª DP prenderam cinco homens suspeitos de integrar o grupo de milicianos do condomínio Parque dos Eucaliptos, que fica próximo à Favela do Barbante, uma das três comunidades controladas pelas milícias supostamente ligadas ao deputado Natalino José Guimarães (DEM).
No condomínio, os policiais apreenderam, no apartamento de um policial militar, um revólver 38 Taurus de seis polegadas, cano longo, além de quatro toucas ninjas. Eles também apreenderam um carro modelo Polo com a placa adulterada. Dentro do veículo, foi encontrado material de propaganda exaltando os benefícios da segurança oferecida pelo bando.
O delegado Marcus Neves disse que ainda não tem provas suficientes para pedir a prisão dos dois policiais civis suspeitos de participarem do atentado contra a delegacia. Um dos policiais é inspetor da 59 DP (Caxias) e disse que passou no local porque teria brigado com a mulher. Há informações de que o inspetor é ligado ao deputado Natalino. O outro inspetor que esteve na delegacia no momento da explosão da bomba é lotado na 78ª DP (Fonseca).
Relatório 'reservado' foi encontrado em casa de chefe de milícia
RIO - Por determinação do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o comandante do 14º BPM (Bangu), tenente-coronel Paulo Cesar Lopes, instaurou uma sindicância para apurar o vazamento de uma informação passada pelo disque-denúncia sobre um suposto participante da tortura sofrida por uma equipe de reportagem do jornal "O Dia" na Favela do Batan, como mostra reportagem do jornal "O Globo".
O relatório, enviado à Subsecretaria de Inteligência no mesmo dia em que foi recebido, 1º de junho, foi achado nesta quarta-feira na casa em Campo Grande onde estava escondido o inspetor da Polícia Civil Odnei Fernando da Silva, o "01", chefe da milícia no Batan. Nele há o carimbo de "reservado", o que, segundo fontes na polícia, é praxe de militares da P-2.
A Secretaria de Segurança informou que os relatórios passados pelo Disque-Denúncia não trazem o carimbo de "reservado" e que tampouco a Subsecretaria de Inteligência os repassa dessa forma. O documento pode ser carimbado nos órgãos policiais que os recebem.
O documento informava que um traficante, identificado apenas como Leonilson, o Dedo, fora o responsável pela tortura das vítimas. Agentes da Draco tratam esta informação com cautela. Eles acham que pode tratar-se de uma contra-informação, já que a Favela do Batan foi tomada dos traficantes por milicianos.
Fonte Globonline
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